domingo, 11 de fevereiro de 2018

SOBRE O VÍDEO: O QUE É CIBERCULTURA? (ANDRÉ LEMOS)

Enquanto Pierre Lévy aponta que a cibercultura é um fenômeno de caráter técnico, mas resultante de um movimento social de jovens urbanos, André Lemos irá afirmar que a cibercultura é “uma cultura da leitura e da escrita”.

No sistema de massa, antes da emergência da cibercultura, as pessoas liam jornais, viam TV, ouviam rádio, liam um livro e assistiam à aula.  Os alunos eram ensinados a ler e a pensar criticamente sobre o conteúdo lido.

No período do sistema pós massivo, com o advento da cibercultura, o leitor deixa de ser coadjuvante e passa a ser protagonista, pois agora está inserido no ambiente que lhe permite, tanto ler como produzir seus próprios textos. Isso possibilita uma ampliação da leitura.

André Lemos ainda aponta três princípios da cibercultura:
- Liberação da emissão: possibilita o exercício da leitura e da escrita;
- Conexão aberta e em rede: possibilita às pessoas liberdade de expressão, de poder se juntar às outras, conectar ideias, etc.;
- Reconfiguração: as relações em rede assumem novo formato.

Nessa perspectiva, a cibercultura pode ser utilizada na educação como catalizador da aprendizagem, pois é um ambiente rico e aberto, cujas conexões acontecem em tempo real. O docente poderá se apropriar dessa tecnologia para atualização enquanto produção da escrita e para promover “virtualização como aquilo que ler as coisas, problematizar as coisas. ” (ANDRÉ LEMOS).


Comentários sobre o texto: A imagem como paradigma
SERPA, LUIZ FELLIPE PERRET - UFBA

O desenvolvimento da tecnologia contribuiu significativamente para a utilização da imagem da forma como testemunhamos atualmente. Serpa aponta que os estudos da Física tiveram papel importante para que isso ocorresse. A Teoria da Relatividade de Einstein, bem como o Princípio de indeterminação de Heisenberg também deram suas contribuições.

Assim, em todas as áreas do conhecimento humano se utiliza a imagem, de forma que se tornou um paradigma. Vale salientar que não se trata de mais um, mas daquele que serve como subsídio para a constituição de novos paradigmas.


Em consequência, assistimos ao aumento da qualidade da imagem produzida em vídeos, fotografias, simuladores, etc. bem como os trabalhos de representação e simulação no campo da arte digital. A representação quando se usa a imagem para mostrar a realidade e a simulação quando se pretende o processo inverso.  
SOBRE CIBERCULTURA – CAP VII, PIERRE LÉVY

Pierre Lévy defende a ideia que a emergência do ciberespaço decorre de um movimento social protagonizado pela juventude habitante dos centos urbanos.

Aponta o veículo automotor como um desejo de potência individual, os serviços de correio como exemplo de desejo de comunicação recíproca e inteligência coletiva, e o ciberespaço que utiliza as infraestruturas existentes, não se confundindo com nenhuma delas.

O serviço de correio foi ampliado à medida que o tempo passava e de acordo com as demandas sociais de cada época. Ficou estagnado no período da alta idade média, mas retomou seu desenvolvimento e está presente nas sociedades contemporâneas contribuindo para que esta se comunique.  

De igual modo, o ciberespaço propicia às pessoas a possibilidade de comunicação. Só que agora, de maneira rápida, simultânea, em tempo real, aumentando a interação num espaço virtual.


SOBRE O VÍDEO: O QUE É CIBERCULTURA? (ANDRÉ LEMOS) Enquanto Pierre Lévy aponta que a cibercultura é um fenômeno de caráter técnico, mas ...